Rococó: História da Arte
Rococó: História da Arte
O Rococó é um estilo artístico que surgiu na França no século
XVIII, no contexto histórico do Iluminismo, século das luzes. Para alguns
historiadores o estilo durou de 1720 a 1780, foi se fortalecendo até o início
do neoclassicismo.
Esse estilo artístico se opõe ao barroco, portanto, enquanto o Barroco trata-se de exagero, o Rococó privilegia os temas leves e cores claras, e valoriza o hedonismo e a ornamentação, abandonando linhas retorcidas muito usadas no barroco, e passa a utilizar linhas mais leves que são vistas em decorações de interiores, mobiliário, pintura, escultura e arquitetura.
Afresco em estilo rococó, no interior do
Palácio de Nymphenburg, Munique, Alemanha
Portanto em seu contexto histórico, o Rococó surge num período
de transição do Barroco para o Neoclassicismo.
O termo “Rococó” surgiu da palavra francesa “rocaille” que
significa concha, sendo assim, valorizando mais as linhas em formas de concha. Elas
estão presentes muitas vezes nos elementos decorativos desse estilo como incrustação
de conchas e de vidro que são usados na decoração de grutas artificiais.
A arte do Rococó reflete assuntos eróticos ou elegantes da
vida cortesã, da mitologia,
pastorais, alusões ao teatro da época, motivos religiosos e farta estilização
naturalista do mundo vegetal nas molduras. Assuntos que davam prazer na
sociedade fútil os levando a esquecer seus problemas reais. Os pintores buscavam
retratar uma vida feliz, a sociedade em busca da felicidade, dos prazeres sensuais,
com leveza, elegância, alegria e exuberância.
Young Lady in a Garden – Jean – Frederic Schall
Pintura
A pintura no Rococó se divide em dois campos, um deles preza
a simplicidade da vida, a concepção
de mundo das elites europeias do século XVIII, enquanto o outro preza
pelo estilo da decoração monumental de igrejas e palácios, como meio de glorificação
da fé e do poder civil.
A pinturas desse movimento artístico
valorizam o Hedonismo (doutrina que concorda com o prazer sendo o bem supremo),
festas galantes, erotismos, sedução, amor.
As composições são exuberantes e possuem elementos marinhos como conchas e ondas, as cores mais usadas são brancas, azuis, rosa, cores leves e suaves, trazem leveza nos gestos e movimentos.
Alguns dos principais artistas desse movimento são: Jean – Honoré
Fragonard, um artista francês que se destacou por pintar obras de amor, alegria
e sensualismo, retratando festas galantes e a natureza.
Jean - Antoine Watteau: Considerado um verdadeiro mestre da pintura rococó francesa. Retratava a sociedade em busca da felicidade, da alegria de viver tranquilo, da simplicidade.
Arquitetura
O modelo arquitetônico do Rococó é
marcado pela presença interna, mostrando coloração intensa, tons pastéis estão
presentes e a natureza é um tema decorrente dos seus moldes e no entanto
marcada pela significação etérea, já que em seus adornos finais é comum a
existência de anjos querubins ou regravações de serafins.
A mesma arquitetura é conhecida pelo seu
caráter rebelde, quebrando muitos padrões que foram implementados desde outros
movimentos
É no rococó que tanto elementos como
móveis dialogam com as obras magníficas tais como pintura, escultura e se não a
própria arquitetura, combinantes, mas não de forma massiva e sim suavemente,
como se fossem descritas da forma mais minuciosa e bela possível.
Rococó no Brasil
Enquanto no Brasil, o
Rococó deu as caras ainda no final do Século XVIII, anunciando sua chegada já
pelos imóveis que eram muito adorados e requeridos pela monarquia portuguesa,
em especial, a que se dá mais famosa é a do próprio Dom João V, grande
apreciador.
A grande diferença do
Rococó no Brasil, era como ele foi colocado, voltado a forma religiosa,
decorando grandes catedrais e igrejas, sendo assim confundindo comumente com o
Barroco, apesar que para diferenciar era muito simples, o rococó trazia sua
cor, tons dourados, vividos e coloridos, adornos de flores.
Os afrescos e azulejos
compostos em diversas arquiteturas, mostravam a riqueza do Rococó ao mesmo
tempo que defendia a religiosidade.
Igreja do Carmo da Antiga Sé - Rio de Janeiro (1761)
Referencias








Muito interessante, boa informação, sucinta e clara. 👏👏👏👏
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